O drama tratado nesta obra, trata-se da história de uma alma que a tragédia tirou dos gonzos e deixou sem prumo: estudo psicológico em profundidade, num clima de tensão permanente. Como não se trata de livro policial, as regras são deliberadamente subvertidas, embora a ação tenha por centro um duplo crime: desde o início o leitor fica sabendo de tudo. E, no entanto, o gênio de Simenon não deixa que o interesse esmoreça. Ao contrário: a intriga vai num crescendo de tirar o fôlego, num ritmo alucinante.
O Assasino, assim como O Homem que via o Trem Passar, romance que veio a seguir, se passa na Holanda e se desenvolve em dois tempos: numa pequena cidade de província e em Amsterdam.
Georges Simenon (1903-1989) Nascido no ano de 1903, em Liège, Bélgica, Georges Simenon começou sua carreira profissional trabalhando num jornal da cidade. Aos 19 anos mudou-se pra Paris com o objetivo de investir em sua carreira literária. Em 1929, criou o personagem que o tornaria famoso: o inspetor Jules Maigret, um policial francês gordo que desvenda casos misteriosos, explorando as motivações tanto do criminoso quanto da vítima. Simenon escreveu dezenas de livros com Maigret, o primeiro deles "The Strange Case of Peter the Lett" (1931). Em 1945, o escritor mudou-se para os Estados Unidos onde permaneceu por 10 anos produzindo 26 livros com histórias de Maigret. Em meados da década de 50 volta para a França e diminui consideravelmente sua produção. No início dos anos 70, pára definitivamente de escrever romances. Nos anos 80, faz grande sucesso no Brasil tendo várias de suas histórias lançadas por aqui. Além do festejado Maigret, Simenon investiu em pequenas histórias de cunho psicológico, muito bem recebidas por público e crítica, com destaques para "O Homem que Via o Trem Passar", "O Assassino" e "O Gato". Suas obras foram traduzidas para 55 línguas e ele teve mais de 50 romances adaptados para as telas de cinema e seriados de TV. Simenon morreu em sua casa em 1989, na localidade de Lausanne, na Suiça.
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